Daniela continuava se espremendo ao lado da porta da biblioteca, ouvindo a conversa entre Antonino e Franco.
— Eu tenho a nome da Goldacci a zelar. Parece que você não entende isso. É a minha pele que está em jogo, a minha empresa, o meu nome — Antonino alterou a voz.
— É, tem razão. As coisas estão acontecendo rápidas demais, por isso é que agora é tudo ou nada. Teremos que eliminar o Lucchese e o Vincenzo Romano e o problema estará resolvido.
Daniela, atrás da porta, começou a tremer descontroladamente.
— Ah... e ainda tem a sua mulher.
Ao ouvir o seu nome, suas pernas viraram uma gelatina.
— Deixe a Daniela fora disso.
— Ela sabe demais. Quem garante que um dia ela não vai te trair?
Daniela não estava acreditando. Estavam conversando sobre tirar vidas como quem discute o roteiro de um filme. E Franco queria que Antonino a matasse.
Naquele momento, ela ouviu a voz de Antonino ficar alterada:
— Ela é a minha esposa! Nunca mais fale dela desse jeito e nem ouse encostar um dedo nela!