MORPHEUS
Grunhi e virei para o outro lado. O sangue havia coagulado no meu braço, e ardia como espinhos. Estava acostumado a deitar em pisos frios, mas este fedia a morte. Abri os olhos, minha cabeça girou, e tudo estava embaçado. Uma dor subiu pela minha coluna, e pisquei duas vezes para distinguir a figura à minha frente. Fiquei deitado olhando para a figura imóvel até que a névoa nos meus olhos clareasse.
— Princesa? — Murmurei. Minha voz mal era audível.
Seu olhar era duro sobre mim, e seus olhos estavam vítreos de lágrimas. Lembrei-me do ataque e suspirei. Karim me pegou novamente. O olhar no rosto de Mildred me disse que ela sabia o que eu fiz. Eu nem conseguia me sentar porque ainda estava um pouco paralisado pelo veneno que Karim injetou na minha coluna.
— É verdade? — Mildred perguntou. Balancei a cabeça. — Responda-me, Morpheus! — Ela limpou a lágrima que escorria pela bochecha.
— Princesa, eu...
— Não me chame assim. — Ela silvou.
— Eu não estava em mim naquela hora, e não e