Peter
A dor era insuportável. Cada respiração fazia minhas costelas latejarem, como se estivessem sendo esmagadas por dentro. Meus pulsos ardiam contra as cordas apertadas que prendiam meus braços para trás, e minhas pernas estavam igualmente amarradas, dificultando qualquer tentativa de movimento. O chão frio e úmido do porão onde fui jogado parecia sugar qualquer resquício de dignidade que ainda me restava.
Minha mente gritava que aquilo não podia estar acontecendo. Eu fui reduzido a um prisioneiro amarrado como um animal, sem saber se veria a luz do dia novamente.
Acima de mim, passos pesados ecoaram pelas tábuas do assoalho. O desgraçado que me mantinha refém estava lá em cima, provavelmente se embebedando ou, pior, planejando qual seria meu destino. Eu sabia que Martina tinha algo a ver com isso. Depois de tudo que fizemos juntos, ela não hesitaria em me