A aldeia parecia silenciosa, dentro de casa, as sombras se moviam a luz das velas, por outro lado estavam as crianças em volta de um mais velho ouvindo histórias, tal como os moradores do bairro se reuniram em volta da casa do soba.
O ar quente vibrava ao som dos grilos. As luzes fracas tremulavam como pequenas chamas. Pelas janelas das casas de barro e pau a pique, velas iluminavam a escuridão.
Márcia e Helder caminhavam lado a lado, as mãos sobrecarregadas com trouxas de oferendas: panos, cabrito, bengala, charuto e quimonos. Tudo para o soba, a quem Márcia considerava um grande pai.
A porta estava aberta, dispensando batidas. O soba, sentado no centro do quintal, observava. Ao redor, familiares e vizinhos trocavam cochichos, sempre atentos às novidades.
Ao ver o soba se levantar, o coração de Márcia disparou. Sentiu medo e alegria misturados. Largou as oferendas no chão e correu para abraçá-lo. Ajoelhou-se e bateu três palmas: à direita, à esquerda e ao centro, em sinal de reverên