Richard Johnson
Eu estava consumido pela raiva, a ponto de tornar-me irreconhecível. O meu ódio era tanto, que se aquele desgraçado estivesse em minha frente nesse exato momento, cometeria uma atrocidade.
Com o aparelho em mãos, comecei a andar rapidamente, quase correndo em direção à porta. Cheguei ao jardim, porém, o meu coração estava acelerado e parecia que iria sair pela boca. Minha respiração estava ofegante e então fui obrigado a parar e segurar a respiração para que voltasse a funcionar no ritmo normal. Meu olhar foi de encontro ao homem que estava saindo da entrada que dava acesso a cozinha e certamente havia terminado de almoçar.
— Alberto! — ele ao ouvir minha voz e tratou rapidamente de diminuir a distância que nos separava. — Vamos sair agora mesmo.
O homem deve ter achado estranho o fato de sair com ele e não com o meu motorista, porém, não disse nada e caminhou até a porta do veículo, assumindo o controle do volante. Instantes depois, o carro entrou em movimento