SEIS

Andrei

— O que está esperando? Entra na droga desse carro! — Mandei estressado. Essa menina testa a minha pouca paciência. Ela teve a coragem de não responder minha mensagem e me ignorou a semana toda. Se ela julga que isso me impedirá de cumprir o que havia determinado para a sua pessoa, está muito enganada. Você a quer! Minha mente fez questão de me lembrar. Algo me diz que ela é encrenca. Prefiro alguém que eu possa ter controle, sei que Melinda não é nenhum pouco, submissa.

Aquela vez do esbarrão, não foi a primeira vez que a vi, quer dizer, não a vir cem por cento, sentir o seu cheiro. Que cheiro delicioso! Ela tem cheiro de canela. Sempre gostei, desde pequeno. Voltei para procurá-la e infelizmente não achei.

No dia do esbarrão não supus que a encontraria. Deixei um dos meus homens de olho, quando ele me passou as características da mulher quis arriscar Eu não a vir no dia, pois passei muito rápido, mas pelo vulto vir que seus cabelos são cheios, então para reparar qualquer mulher com cabelos dessa mesma forma. Assim que me avisou, voltei ao percurso que fiz. Distrai-me por segundos e ela bateu com tudo em meu tórax, após cair. Em primeira mão não vi sua face, no entanto, quando ela tirou  senti meu corpo formigar, meu coração disparou no peito. Fiquei embaraçado, e para disfarçar fui rude. Sou assim. Pensei que isso a intimidaria, mas não, pelo contrário. Enfrentou-me, ninguém nunca fez isso.

Quando me chamou endiabrado ou filho de Satã, quase riu na cara dela. Seus xingamentos são ótimos, mas não fiz. Perderia ainda mais o pouco respeito por mim.

Sou uma pessoa vingativa! Assim que ela saiu, pedir a um dos meus seguranças que a seguisse. E assim descobrir seu nome, seu endereço, por isso sabia que ela estava em minha boate. Bem, não ia falar com ela naquele dia, apenas observar, contudo, quando notei sua roupa “sexy” para caralho e a forma que dançava deliciosamente quente, não resisti. Quero me vingar de alguma forma, ainda não sei o que fazer, mas sua vida vai me pertencer até quando eu quiser.

Nesse exato momento, aqui, olhando para ela, para seus lábios malditamente convidativos, fico me perguntando o que a deixou assim, tão assustada. No dia do esbarrão notei seus olhos vermelhos. Acredito estar chorando.

— Está surda Melinda? —  Tornei a repetir. Há, sim, o seu nome. Lindo e diferente, duas combinações que me fode. Ela entrou no carro e se acomodou do meu lado. Novamente seu cheiro meu arrebatador.

— Me perdoe senhor Makarov! —  Disse formal. Não gostei. Prefiro sua versão linguaruda. Pelo visto, Boris contou-lhe quem sou. O encarei sério, antes de voltar minha atenção para ela.

— Por que não respondeu às minhas mensagens? —  Inquirir não escondendo o quanto isso me deixou puto. Ela suspirou como se segurasse a vontade de chorar. Sinto que ela esconde algo sério. Descobrirei o que seja esse algo. 

— Não efetuei por mal, acabei quebrando o meu celular sem querer.

— Quebrou sem querer? — Questionei incrédulo.

— Estou dizendo a verdade, acredite, ou não! — deu de ombros — Foi um infeliz acidente, ainda não tive tempo para comprar. Está ouvindo senhor? Não foi porque eu quis.

— Pare de me chamar, senhor! —  Bradei irritado. Isso é corriqueiro. Sei muito bem qual é a fonte da minha irritação. Ela se calou virando para o lado da janela, me ignorando. Confesso que não gritar com ela, todavia, esse negócio de me denominar  senhor o tempo todo me aborrece, pelo menos vindo dela.

— Continuará calada? — Perguntei não suportando o silêncio que se instalou no carro.

— Se parasse de ser um troglodita… —  Sussurrou, no entanto, ouvir perfeitamente. Garota petulante!

— O que você disse? — Rebati, apenas para irritá-la. Merda! Gosto disso.

— Nada Andrei! — Respondeu rápido. Porra! Não sabia que meu nome poderia ficar tão sensual saindo dos lábios de uma mulher.

— Tem uma coisa! — Falou do nada.

— Diga!

—  Preciso ir trabalhar, podemos falar depois?

— Sei disso. Fui convidado essa noite! — sorri pela cara de espanto dela — Há! Trouxe algo para você vestir!

— Não quero nada que venha de você! — Proferiu aborrecida. Incomodei-me pelo, o que disse, ainda assim escondi com o que tenho de melhor. Minhas grosserias.

— Não me desafie, menina. — Sugeri grave. Ela ponderou rebater, mas desistiu quando viu minha cara de poucos amigos. A questão é sobre o tamanho, mas deixei claro que cabe perfeitamente nela. Não lhe disse saber disso por observar o seu corpo minuciosamente naquele macacão.

Melinda desceu nos fundos do restaurante, entreguei a caixa e observei ela descer e entrar no mesmo. O meu motorista foi para a frente  do restaurante, então desci.  Pelo fato de eu ter confirmado minha presença. Não gosto dessa categoria de evento, mas fiz esse esforço apenas para vê-la em seu local de trabalho, entretanto, ela não precisa saber disso.

— Senhor Makarov, é uma honra recebê-lo! — saudou-me calorosa — Fique à vontade.

A dona do restaurante terminou. Bem, não lembro seu nome. Dei-lhe o melhor sorriso, o que uso nos negócios, depois andei, a procura de uma mesa próxima ao palco. Ouvir um burburinho e virei, eu a vi com o vestido que escolhi, ficou perfeito. Encontrei uns conhecidos, então fiquei por lá mesmo.

Um burburinho perto do palco me dizia que ela está próxima. Quando a vi, minha boca salivou. O vestido ficou perfeito, mas quando ela virou mostrando suas costas, quase derrubo o meu copo de bebida. Ela tem uma tatuagem enorme nas costas, nem sei que tipo de tatuagem acho que é uma ave, imensa. O vestido que escolhi mostrava tudo, vinha da base do pescoço até onde o vestido terminava, acho que vai até o “bumbum” dela. O vestido é amarelo com frente única, as costas eram toda nua. Minha mente só pensava até onde ia a m*****a tatuagem. Fiquei puto, pois se estou pensando imagina os outros homens!

— Quem é aquela beldade? — Um dos homens que estava comigo, perguntou. Apertei meus punhos para não fazer nenhuma besteira. Droga me arrependi amargamente por escolher aquele vestido. A m*****a está ainda mais deliciosa, piorou a situação, pois deixou os cabelos soltos. Não é a primeira vez que sinto vontade de tocá-los, puxá-los de uma forma bem sacana.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo