Modus Operandi = palavra em latim que significa modo de operar demode - algo que saiu de moda, que não é mais convencional fake - falso, no texto representa um perfil falso nas redes sociais
A sementinha da desconfiança ia sendo plantada semanalmente, em pouco tempo uma onda de críticas aos governantes que aceitavam negociar com os habitantes do planeta Berço começou a surgir, a própria nomenclatura do planeta sofreu represálias, a Terra era em si o berço da humanidade, mesmo humanidade era questionada, aquilo que vem de fora por mais parecido que fosse jamais deveria ser tratado como humano, natural, aliás, quem garantia que aquilo tudo não era uma conspiração governamental? Os estúdios de cinema norte americanos tinham tecnologia mais do que suficiente para criar aparências bizarras, efeitos especiais que eram impossíveis de discernir o real do imaginário, tudo aquilo podia ser apenas uma nova forma de arrancar os impostos dos contribuintes, esse sentimento de insegurança crescia cada vez mais e tomava conta do imaginário popular.Em uma cafeteria de uma pequena cidade em Nebraska (maior que Monowi) o tema do café da manhã foram os outros e os perigos que eles poderiam t
Com essa onda de descoberta, a ficção científica ganhava um amplo espaço e algumas histórias que versavam sobre a relação entre humanos e seres de outros planetas se tornavam itens de consumo obrigatório, e aproveitando essa abertura de mercado as fanzines sobre o tema passaram a tomar um lugar cada vez maior nas livrarias e sebos espalhados por todo canto do planeta, a famosa “publicação de guerrilha”. Um fanzine é uma publicação feita de forma independente, geralmente por fãs ou artistas que expressa suas ideias, opiniões ou criações de maneira livre e artesanal, etimologicamente a palavra vem da combinação de "fan" (fã) e "magazine" (revista), refletindo seu caráter de revista feita por entusiastas, essa origem remonta às décadas de 1930 e 1940, quando os fãs de ciências, quadrinhos e música começaram a criar suas próprias publicações para compartilhar suas paixões de forma mais livre e criativa, um campo fértil para abordar o tema da recente descoberta de vida extraterrena.Contud
Com o passar do tempo um experimento foi proposto como forma de intercambiar as “espécies” de modo mais orgânico e um verdadeiro intercâmbio foi proposto, sete habitantes do planeta Berço foram distribuídos na Terra entre alguns países distintos, não foi divulgado na imprensa onde esses visitantes ficariam por fins de conter assédios (para ser mais exato não foi divulgado absolutamente nada sobre essa experiência, todas as informações que foram obtidas sobre isso foram tratadas apenas como chacota), porém, o experimento já havia começado há um bom tempo e os visitantes seguiam em perfeito estado de harmonia com os ambientes em que foram empregados.Um dos visitantes foi colocado para interagir em um hospital de cuidados de câncer, na ala de oncologia as pessoas tinham preocupações demais para ficar encarando a aparência de terceiros, o visitante em questão tinha o claro objetivo de analisar a forma como a medicina terráquea funcionava, experimentar a empatia no seu modo mais natural,
Os dias no Caribe eram realmente “calientes” e mesmo assim a umidade era boa, o lugar tinha paisagens incríveis mesmo para quem já nasceu nesse planeta, então é compreensível que o visitante também passou pela experiência de sentimentos que ele não sabia nomear, as pessoas costumavam sorrir mais ali do que no primeiro país onde eles “aportaram”, eram bem mais felizes que os astronautas pelo menos... Por falar em astronautas um dos soldados designados para observar o visitante era um dos heróis daquela expedição, ele deveria estar aposentado em tese e por isso o disfarce perfeito para ele estar ali no Caribe todos os dias da semana vivendo com os nativos sem ter nenhuma ocupação profissional, quanto ao idioma ele conviveu muito tempo com o Carlos, logo ele sabia muito bem como utilizar os sotaques (até descobrir que apesar de se falar espanhol no Caribe; existiam algumas coisas que se divergiam do espanhol dito no México).Nesse ambiente paradisíaco o visitante buscava tentar interaçõe
A promessa de uma nova vida era atrativa para todos os terráqueos, a maior parte da população era pobre ou completamente sem perspectivas de vida, ludibriá-los com promessas financeiras era tão fácil quanto armar uma ratoeira, o queijo oferecido não precisava ser caro ou refinado, para o rato qualquer queijo serviria, aliás, sequer era necessário utilizar um queijo para isso ratos comem qualquer porcaria que for usada de isca, tipo os humanos...Desde o começo dos tempos os seres humanos tem enfrentado um grande problema na hora de tomar grandes iniciativas, ler as letras miúdas, a pressa em assinar os contratos e obter aquilo pelo qual assinam é tamanha que mesmo coisas de extrema importância como a aquisição de uma casa, um carro, seguro de vida, aeronaves, abertura de conta bancária entre outros, eram assinados levianamente sem uma leitura, as letras miúdas eram ignoradas tal qual a confirmação de maior idade em sites de conteúdo adulto e por falar em conteúdo adulto de entretenime
Estados Unidos da América, Centro Espacial John F. Kennedy, Cabo Canaveral, Flórida, 03h45min, terça-feira, um silêncio total, homens sonolentos operam um computador em um projeto que esta com os dias contados, estudiosos, gênios em física e computação, fascinados por terem entrado na maior agência mundial em pesquisas espaciais, jovens e cheios de sonhos, aborrecidos por serem relegados a apertarem botões em computadores ultrapassados em um projeto fadado ao fracasso, o silêncio cortado apenas pelos suspiros dos jovens, uma visão sombria de um futuro vitorioso que almejaram, um abatedouro de sonhos tal qual um cemitério, carcaças vazias desesperançosas como se estivessem em uma UTI aguardando noticias, já sem esperanças das noticias serem positivas, o tipo de situação que as vezes mesmo sem admitir as pessoas torcem para que o internado encerre logo seu ciclo de vida para esgotar o sofrimento..A maioria de seus amigos ou familiares não entendem o que fazem esses jovens (eles também
Chuva? Não, orvalho, a retina ainda não se acostumou àquela luz, abre com sofreguidão, tenta focar, até finalmente conseguir enxergar o que tem ao redor, não tenho recordações de como vim parar aqui, aliás, o que é aqui? Não tenho noção de tempo, não tenho noção de mim, me desgasto só de tentar criar uma narrativa em minha cabeça, o corpo dói, mesmo assim é preciso levantar deste solo úmido.Consigo caminhar apoiado nas frondosas árvores que me cerceiam, um gosto amargo na boca, álcool, é claro, é sempre o álcool, toda vez que penso em deixar de consumir me lembro do aroma inebriante, do toque dos outros ingredientes em meu palato, lembrar-se disso me dá sede, apesar de não me recordar de nada o vocabulário parece intacto, a aurora já raiou, preciso me localizar, é um belo bosque. Pela quantidade de folhas secas no solo creio que estamos no outono, à cabeça começa a zunir, ao tocar a cabeça noto a primeira diferença, careca, completamente careca, não tenho tantas lembranças ainda de m
— Me chamo Robert, hoje tenho por volta de vinte e nove anos de idade, nascido em Nevada e participante do projeto barganha desenvolvido pelo comitê internacional das nações unidas sob tutoria do governo dos Estados Unidos da América – respondi para Sara que estava com medo de o chip ter deixado alguma sequela.— Certo isso que removi da sua cabeça é um chip biológico, ele é feito com materiais que podem adentrar em nosso organismo e não percebidos como um corpo estranho, este chip em especial pode ser confundido pelo nosso organismo como um neurônio, a função deste é bloquear o seu acesso as nossas memórias, isso ajuda a ativarmos os nossos instintos humanos mais primitivos, apesar de alterar as memórias, ele não causa bloqueios à coordenação motora ou outras funções psíquicas, esse que removi de seu crânio apenas fez com que as memórias pré-estabelecidas pelo programador ficassem inacessíveis – Sara fez as devidas explicações com um olhar compenetrado e um tom de voz firme.— O que