Ponto de vista: Leo
Minha sogra havia desmaiado.
Pedi para meu sogro levá-la imediatamente ao hospital.
Enquanto isso, fui até lá com os pertences que a polícia nos entregou, os únicos objetos que restaram da Viya.
Um celular.
E alguns contratos de transferência.
— Foi só isso que a Viya deixou? — Meu sogro perguntou, com a voz embargada, os olhos marejados.
Segurava os papéis com mãos trêmulas, as lágrimas escorrendo sem parar.
Havia ali:
Um contrato de transferência das ações da empresa.
Outro do fundo fiduciário no Banco dos Lobisomens.
Tanta generosidade.
Tanta entrega.
E ninguém... Viu nada.
— Papai! Vovô, vovó! Rápido, olhem isso! — Gritou Mark, agitado, levantando o celular. — Tem alguém mandando mensagem xingando a mamãe! É horrível!
Na tela, as mensagens vinham em sequência:
[Viya, seus pais, seu companheiro e até seu filho agora são meus.]
[Você nunca foi melhor do que eu.]
[Vou tirar tudo de você.]
[Não adianta fingir que tá tudo bem. Você não disse que ia me dar a empresa?