Capítulo 8
Ponto de vista: Leo

Minha sogra havia desmaiado.

Pedi para meu sogro levá-la imediatamente ao hospital.

Enquanto isso, fui até lá com os pertences que a polícia nos entregou, os únicos objetos que restaram da Viya.

Um celular.

E alguns contratos de transferência.

— Foi só isso que a Viya deixou? — Meu sogro perguntou, com a voz embargada, os olhos marejados.

Segurava os papéis com mãos trêmulas, as lágrimas escorrendo sem parar.

Havia ali:

Um contrato de transferência das ações da empresa.

Outro do fundo fiduciário no Banco dos Lobisomens.

Tanta generosidade.

Tanta entrega.

E ninguém... Viu nada.

— Papai! Vovô, vovó! Rápido, olhem isso! — Gritou Mark, agitado, levantando o celular. — Tem alguém mandando mensagem xingando a mamãe! É horrível!

Na tela, as mensagens vinham em sequência:

[Viya, seus pais, seu companheiro e até seu filho agora são meus.]

[Você nunca foi melhor do que eu.]

[Vou tirar tudo de você.]

[Não adianta fingir que tá tudo bem. Você não disse que ia me dar a empresa?
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