CAPÍTULO 21
Valéria Muniz
O fato dele dizer que vai me levar à um especialista, me emocionou demais. Não pude me conter, foi como ter voltado naquela noite... em Israel há quase dois anos:
(...)
O dia estava chuvoso, eu já havia passado do horário de voltar pra casa. Se Aaron descobrisse, eu pagaria caro, mas aquele era um abraço que valia a pena.
— Você vai ficar bem, soldado. É um homem forte, jovem... — toquei outra vez o seu rosto, apalpei cada detalhe, hoje eu estava conhecendo ainda mais como ele era, suas feridas da face haviam melhorado, com tantas ervas que fiz compressa.
— Graças a você, que cuida tanto de mim. Quando eu levantar daqui, vou fazer questão de ir atrás do seu maior sonho, você merece.
— Só de saber que está melhor, já é o suficiente! — encostei meu rosto no corpo dele, tentando esquentar seu corpo, embora estivesse com febre. A chuva estava bem forte, ele não poderia piorar. — Sinta as minhas mãos, soldado... elas estão quentes. — ouvi um riso baixo.
—