CAPÍTULO 61
Valéria Muniz
“Quem me dera, se pudesse olhar pra ele, como disse que olhei”...
Suspirei ao tentar imaginar como ele é, como seria olhá-lo sair para trabalhar agora, me perdi em pensamentos lembrando do seu rosto que foi tocado pela minha mão, até que dei um leve saltinho ao ouvir:
— Boa tarde! Como está a recém casada mais pensativa que já conheci? — Edineia me abraçou e me deu um beijo no rosto.
— Boa tarde, Edineia! Senti a sua falta. — ouvi alguns barulhos suaves e vi seu vulto pela cozinha. Ela já estava organizando as coisas, eu gostaria de poder ajudar, então comecei a verificar devagar, com as mãos.
— E, eu também! Desde o casamento estou guardando as coisas que vi para te contar! Não te falei nada naquela noite, e Val... você não faz ideia de como deixou o noivo! — as suas palavras me fizeram parar de fazer qualquer coisa, eram tão entusiasmadas que cheguei a puxar uma cadeira para ouvir.
— Ah é? Como seria isso? —