CAPÍTULO 73
Valéria Muniz
Fiquei apavorada ao tocar a roupa que a mulher me entregou.
— Moça, eu não costumo usar roupas que mostrem as pernas, me arruma uma camiseta e uma calça, por favor! — ouvi a mulher gargalhar.
— Você exige demais, daqui a pouco Ezequiel se enche de você! — me ajoelhei sobre a cama.
— Então é possível? Se eu irritá-lo ele me deixa em paz?
— Provavelmente... — ela respondeu, e de repente...
— Pare de assustar a minha convidada, Luciana! — estremeci ao ouvir uma voz masculina atrás de mim, apertando a roupa sobre o meu corpo.
— Ezequiel... veio mais cedo? — a moça que estava comigo perguntou, e fiquei em alerta, “o velho havia chegado!“
— Nos dê licença, Luciana! Quero conversar com a fujona. — engoli seco, sem conseguir ver uma fresta de luz, que dirá o rosto do velho que havia me sequestrado.
— Sim, senhor! — disse a moça, que agora sei que se chama Luciana. Estranhei que a voz que falava comigo não parecia