— Eu estava, graças a você, eu estava. — Eu lembrei.
— Não exagere. Ela disse com desdém. Graças a mim, você é uma mulher forte e não a pirralha fraca e mimada que seus pais queriam transformar em você.
— Sim… mas você ainda não me disse por que fez o que fez.
— Por vingança — ela deu mais um passo à frente.
— Vingança?
Olhei para ela, esperando que ela continuasse falando. Eu havia acabado de perceber que havia muito mais por trás de todo o mal que ela causou à minha família.
— Seu avô miserável arruinou minha vida — ela disse com os dentes cerrados.
— Como? — Sussurrei, ignorando a única lágrima que escapou dos seus olhos.
— Ele me separou do único homem que amei.
Eu tinha medo de perguntar quem era aquele homem, embora, no fundo, eu já soubesse.
— Eu sei o quanto dói estar separada do homem que você ama.
— Não, você não sabe exatamente. Você não teve que ver o homem que você ama se casar com outra pessoa diante dos seus olhos, se apaixonar por ela e formar uma família perfeita.
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