Dorothea se sentou no banquinho acolchoado e começou a tocar o piano, assim que ela começou a tocar as primeiras notas, surgiu-se faíscas brilhantes douradas pelo o gramado. As faíscas brilhantes estavam saindo de dentro do piano, quando a menina notou que haviam faíscas douradas ao seu redor, a mesma subiu no banquinho onde estava sentada e logo abriu o piano. Dorothea olhou para baixo e ficou sob as teclas do piano e logo que o fizera, a pequena garotinha dera um mergulho no piano que logo se fechou. 

Dorothea foi parar em um lago de águas cristalinas, onde tinham algumas crianças nadando um pouco distante daonde ela estava. Era um mundo estranho para Dorothea, e ele lembrava a Idade Média de alguma forma mas ela apenas achava que era coisa de sua cabeça.

Dorothea saiu do lago com o vestido molhado e olhou ao seu redor para ver em que lugar estava, andando pelos os cantos tudo o que ela via eram casas e castelos feitos de grandes blocos de pedras acizentadas, mulheres usando vestidos compridos de diversas cores, cavalheiros em seus cavalos, reis e rainhas trafegando as ruas de pedras em belas carruagens, e as penas coloridas que tinha achado no piano de seu avô. _______ Penas? ________ estranhou, enquanto via, novamente as penas que tinha encontrado no piano. Dessa vez não eram apenas uma como anteriormente, e sim, várias!  ________ Como isso é possível? ________ Questionou a garota, novamente correndo para seguir as penas que estavam a voar em sincronia em direção a um castelo com bandeiras vermelhas estampadas com desenhos de um leão a rugir, e uma espada. As penas levaram a garotinha para uma espécie de cativeiro aonde tinha-se que descer escadas para chegar até ele. 

As penas conduziram Dorothea para uma entrada secreta do castelo, cujo poucos conseguiram achar a mesma para entrar lá. A entrada possuía uma pequena passagem com portões de grades feitas com grandes barras de ferro. Apesar disso, as penas abriram o portão, e levaram Dorothea para uma masmorra. A masmorra era escura e apenas possuíam algumas tochas pelo o caminho como se fossem lampiões, elas transdesciam da cor do fogo incandescente, até aquela fumaça prestes a surgir que deixaria suas brasas caírem tentando incendiar o castelo.

A masmorra possuía escadas em formato caracol, eram grandes e estreitas e tudo ali eram feitos de pedras acizentadas e pretas. 

Dorothea tocou em uma das pedras da masmorra sem querer, o que fez com que a mesma fosse levada para outro lugar misterioso, uma academia de dança! 

Ao chegar lá, a mesma não havia entendido como tinha chegado tão rápido em mais um lugar misterioso, entretanto ela estava achando prazeroso fazer isso.

_______ Onde estou? _______ disse, olhando ao seu redor.

_______ Um, dois, três comecem! _______ Ordenava uma bailarina de cabelos castanhos para que os dois meninos treinassem os passos mais difíceis do ballet. 

_______ Que lindo... Ah! ______ gritou Dorothea, saindo daquele mundo e indo parar em seu quarto de repente. 

Os corredores desapareceram, o lago, os bailarinos, a floresta, tudo havia se perdido e se resumido a apenas ao mundo pequeno de Dorothea. O seu quarto cor-de-rosa. 

Desesperada querendo voltar aos mundos em que estava, Dorothea saiu do quarto a procura do piano e dos corredores, mas nada encontrara. Sua frustração voltou a surgir quando vira sua mãe chorando sentada próximo a porta que sua avó tinha a trancado para que ela não tocasse no piano de seu avô. 

Dorothea fora até sua mãe e perguntou o que estava acontecendo para deixá-la triste, porém de forma ríspida sua mãe lhe respondeu:

________ Não te interessa menina petulante.

________ colocando a mão no ombro de sua mãe a menina respondeu ________ mas mamãe, não gosto de te ver chorar.

Margot virou seu rosto olhando fixamente para a menina e novamente de forma ríspida respondera ________ o motivo pelo o qual sempre choro Dorothea é o fato de você ter nascido.

Dorothea se afastou de Margot e sua avó apareceu indo ajudar a filha para que ela se sentisse melhor. Dorothea quisera ajudar mas tudo o que sua avó lhe dissera era para ela brincar de bonecas enquanto levava sua mãe para ter uma "conversa de adulto". 

Novamente sentindo-se sozinha, Dorothea vira as costas voltando para o seu quarto, até que de repente ela novamente avista uma trilha das mesmas faíscas douradas que vira em um dos mundos mágicos. A trilha começava dos seus pés onde ela estava a caminhar, e terminava por baixo da fresta da porta trancada aonde estava o piano.

Curiosa, Dorothea seguiu a trilha de faíscas e logo questionou:

_______ O quê é isso? ______ Disse seguindo a trilha parando em frente a porta branca com maçaneta dourada. _______ não tem como abrir... ________ Disse, se lembrando da cena de sua avó carregando um molho de chaves nas mãos e trancando a porta, porém houve um acontecimento inesperado. A porta abriu!

Os olhos azuis de Dorothea voltaram a brilhar e seu sorriso voltou a surgir de orelha a orelha quando viu o piano de seu avô. Ele estava aberto como antes, e a trilha das faíscas douradas parecia infinita! Novamente, Dorothea subiu no banquinho acolchoado para ver o que tinha por dentro do piano, entretanto ele estava oco.

Não entendendo o que estava acontecendo, Dorothea desceu do piano e do banquinho, sentindo falta de tocar o piano, a mesma sentou-se no banquinho e começou a tocar a mesma melodia que estava a tocar no dia que foi pega por sua mãe mexendo no piano do avô. Ela tocou a mesma melodia que Addam ensinou e a música que cantavam juntos. A qual ele mesmo compôs. Cujo a letra dizia:

"Ei Dorothea, você ainda se lembra de mim? Seus olhos azuis fazem meu céu brilhar. Você é uma rainha, pois ao invés de sonhar com príncipes, castelos e coroas você sonha em viajar por sua imaginação. Estrelas brilham ao seu redor quando tocamos juntos, e pensar em você mais velha me faz ter nostalgia. Querida Dorothea, você vai se lembrar de mim quando sumir? Espero que sim.

Ei Dorothea, não pare de pensar em mim, pois irei sentir saudades.

Estrelas brilham ao seu redor quando começamos à tocar, você é uma rainha estampada em revistas por sonhar em explorar mundos ao invés de coroas.

Querida Dorothea, não se esqueça de mim, pois sentirei saudades.

Querida Dorothea lembre-se de mim com carinho pois quando eu partir, passarei meus dias tocando piano e compondo músicas com seu nome

Querida Dorothea." 

Dorothea tocou a música na mesma melodia que ela e seu avô tocavam, e cantou a música composta por ele feita pensando nela. O piano logo se abriu novamente, e com suas faíscas douradas elas marcaram o caminho para a garotinha seguir.

A trilha a levou para um lugar vazio, onde tinha um belo gramado e um céu acinzentado por conta do clima de chuva. O piano que ela estava a tocar estava aparentando ser mais velho e estava saindo lavandas de dentro do paino. Por coincidência, no mesmo buraco que achou a pena colorida. Lavandas eram as flores preferidas de Addam e sempre que tocava ou escrevia músicas, ele deixava elas próximo a ele. Addam dizia que o aroma das lavandas o deixava alegre e inspirado.

Dorothea novamente estava em outro lugar que não era a casa de seu avô. Ela parou de tocar o piano e se levantou do banquinho acolchoado, olhando ao seu redor, ela notou ao longe no meio das altas montanhas repletas de árvores o mesmo castelo acinzentado com bandeiras vermelhas à frente! 

Curiosa, Dorothea começou a correr por todo o extenso gramado seguindo a trilha de faíscas douradas que a acompanhavam pelo o seu caminho.

A trilha de faíscas douradas á levaram para dentro da floresta até avistar arbustos. Destemida, Dorothea passou pelos os arbustos e lá estava ela novamente perto do castelo de bandeiras vermelhas com desenhos de um leão a rugir e uma espada em amarelo. Dorothea continuou a seguir a trilha de faíscas douradas que estavam a levando em direção a mesma masmorra da qual tinha ido da última vez, assim que ela terminou de descer correndo todas as escadas em formato caracol. 

Quando a garotinha terminou de descer as escadas, Dorothea avistou a sua direita uma prisão com grades de ferro e as penas coloridas que apareceram no piano no chão de pedras da masmorra. 

Dorothea estava olhando para o chão aonde as penas estavam formando caminho até a mesma olhar para a masmorra a sua frente. 

________ Ah! ________ Gritou a menina assustada, ao ver um menino com enormes asas coloridas, suas penas eram as mesmas achadas no piano e estavam caídas ao redor da criatura que aparentava ser um anjo.

Dorothea aproximou-se da masmorra aonde estava o suposto anjo e olhando fixamente para o garoto de olhos amarelados, perguntou:

_________ Quem é você? 

A criatura de asas coloridas ficou seu olhar para a menina e aproximou seu rosto da porta da masmorra onde ela estava e dissera __________ eu estou preso aqui e não consigo sair! Fiquei jogando minhas penas pela a janela para que alguém seguisse o rastro delas e me libertasse, e daí você veio. 

_________ Você está aqui há muito tempo? _________ Perguntou Dorothea.

Quando o anjo iria responder, soldados estavam a vir na direção de Dorothea. Sem saber o que fazer, o anjo com sua magia a puxou pelo o seu braço e ambos foram parar no futuro, em que Dorothea ganhava um piano de presente de aniversário e que lhe dava o nome de "Willow".