Luma
A primeira coisa que me dou conta é a dor de cabeça. Coloco as mãos, uma de cada lado, e me esforço para abrir os olhos. Por alguns segundos fico tentando entender onde estou e o que aconteceu, mas então toda a lembrança me invade como um soco no estômago.
Fui tirada de dentro da minha casa, de onde acreditava estar segura. E agora estou em um cômodo sujo e escuro, fedendo a poeira e mofo.
— Você acordou, meu amor — ouço a voz e logo meu coração se aperta.
Rafael tentou me arrastar a força naquele dia na mansão e acredito que foi ele que me perseguiu dias atrás. Vulnerável como estou, tento não imaginar no que este homem é capaz de fazer.
— Onde estou? — pergunto.
— Longe, minha querida, muito longe. — Desta vez quem fala é a Rosa.
Tento me virar, mas minhas mãos estão amarradas atrás de mim e isso impede meu movimento.
— Vou te ajudar a se sentar, precisa comer. — Sinto as mãos grossas de Rafael, ele me segura pelos ombros e me puxa para cima. Com um pouco de esforço o ajudo a m