— A senhora não vai entrar? — questiono como uma forma de incentivar a mulher.
— Mãe, ele é o único disponível no momento. Ajuda, vai. — Com o pedido do filho, a mulher abaixa a cabeça e entra no veículo, mas manteve a boca fechada e os olhos meio leitosos observando a paisagem além da janela.
Ela está pálida, com uma aparência muito frágil.
Ao chegarmos no hospital, foi levada para a emergência. A mulher foi medicada, ficou em repouso e somente voltei de lá quando foi liberada pelo médico com uma pilha de remédios em sua mão. A senhora era diabética e tinha que lidar com a pressão alta e não havia posto médico próximo de onde morávamos.
— A senhora está melhor? — pergunto ao vê-la se acomodar no banco do carro.
— Vou estar melhor quando chegar em casa — ao falar dessa maneira, recebeu um olhar duro do filho. A mulher respirou fundo e voltou a falar - Mas obrigada, Gabriel, estou melhor, sim.
João me agradeceu mais algumas vezes antes de deixá-los em casa e voltar para a fazenda. Não