Terça 20:10 PM
— Eu gostei do seu pai.
— Ele também gostou de você, William. — sentamos num banco da praça para tomar nossos sorvetes. Como prometido ele apareceu.
— Como você tá?
— Tô bem. Cada dia as cicatrizes melhoram. Do lábio e da moral — coloco uma colher cheia de sorvete na boca.
— Que bom. Fico feliz. — abriu um pequeno sorriso para mim.
— E você?
— Melhor agora que estamos aqui. — me encarou sorrindo e sorri também. Volto a tomar meu sorvete olhando as pessoas que andam pela praça. — Minha mãe disse para você aparecer lá.
— Sim. Irei. — assinto. — Papai me deu a Ferrari.
— Sério? — pergunta surpreso. — Eu pensei que já era sua.
— Não. Eu tinha roubado. — paro para pensar no que falei e vejo que ele está rindo. — Pegado sem pedir.
— Ah. Sim. — ele mostra que entendeu passando seu braço sobre meus ombros e beija meu rosto. William é tão legal que a culpa dói mais quando penso nele.
— Nunca mais vai acontecer. — digo seriamente.
— Ah, sim. Agora que a Ferrari é sua não tem porq