Cortei as cebolas e as armazenei em um pote para que Alejandro utilizasse conforme preparava hambúrgueres.
– Vai fazer o que hoje? – ele perguntou.
– Que eu saiba, nada – dei de ombros. – Sem planos.
– Quer conhecer a parte pobre de Beverly Hills?
Aceitei o convite. Eu estava curiosa para saber mais sobre essa parte do bairro desde que ele me falara sobre o lugar onde morava. Até ali havia me alimentado com a imagem de pessoas ricas.
– Vou preparar uma Tamale para nós.
– Tamale? – perguntei.
– É um prato típico mexicano.
Antes de irmos, passamos no supermercado mais próximo para comprar os ingredientes para o tal prato. Alejandro colocou milho, queijo, pimentões e outras coisas em sua cesta.
– Você veio para trabalhar aqui? – o interpelei.
– Que nada! Vim sem emprego mesmo. Procurei muito em restaurantes de comida mexicana, mas não encontrei. Aí em um belo dia, acordei e decidi conhecer a famosa Beverly Hills (nessa época morava a alguns quilômetros de Bel Air). Sem a intenção, dei de