Rayra se aproximou dele cabisbaixa, com o corpo tremendo de nervosismo. Ela estava pálida, com a respiração desacertada e as mãos frias. Victor, com um gesto firme e gentil, pegou a mochila pesada de seus ombros, aliviando um pouco o peso que ela carregava. Ele a acompanhou devagar até o carro, e abriu a porta para ela.
— Entra, devagar — ele disse, com a voz suave.
Ao ajudá-la a sentar, ele notou a expressão de dor no rosto dela e a maneira cuidadosa como ela se ajeitou no banco. Victor deu a volta, entrou no carro, e dirigiu até sua casa. Ele não disse mais nada, e o silêncio no carro era um alívio para Rayra.
Quando chegaram, ele a ajudou a descer e a guiou até o sofá na sala. Ele a fez sentar com cuidado e se abaixou na frente dela. Rayra já estava mais calma, com a tensão se esvaindo.
— O que aconteceu? — ele perguntou, com um tom de preocupação genuína.
— Você está machucada.
Rayra, por sua vez, sorriu sutilmente e tentou esconder a verdade.
— Eu caí, enquanto fazia uma faxina.