Pegou o martelo, segurou a mão dela afastando da tábua
— Você é fácil demais, bastante esquisita.
— Qual o seu problema afinal?
— Sadomasoquista?
Começou fazer medições, com os pregos
— Porque está bem longe, de uma moça normal.
Ela se encostou olhando o que ele fazia, sem nem saber o que significava aquilo
— É que eu estou morta. A algum tempo!
— Você também está?
— Ou é aquelas pessoas, que voltaram a vida e aí ficaram insanas?
Ele começou martelar, parou e jogou um pincel nela
— Não, nenhuma dessas opções.
— Já que vai ficar aqui, me ajude.
— Escolhe uma tinta e passe nessas madeiras aqui.
Ela começou olhar, pegou uma azul marinho, ele olhou a julgando
— É uma casinha de passarinhos, porque tinha que escolher, logo a opção mais escura? Sombria?
Tomou das mãos dela, deu uma verde claro
— Morreu com a sua mãe?
Ela começou pintar, cabisbaixa
— Não! Foi um pouco antes.
Era nítido que ela tinha problemas, ele ainda só não entendia quais, ficou intrigado curioso, passaram um tempo em sil