Capítulo 13
Quando Elis entrou na sala de Fred, o sol ainda não tinha nascido. Com o pouco movimento da madrugada, a delegacia estava mergulhada em ares soturnos e em quietude plena. A interrupção abrupta da noite de sono estava estampada na face da moça em forma de olheiras arroxeadas e olhos apertados.
-Eu trouxe o café que você pediu – anunciou ela.
-E onde está?
-Eu precisei beber para me manter acordada, já que você resolveu me tirar da cama às três da manhã – ela tentou sorrir, depois tirou a mão de trás das costas revelando o copo de plástico.
-O mais forte que encontrou? – perguntou ele.
-Como você pediu, Fred. Sobre o que você disse ao telefone – começou ela – faz sentido, mas...
-Eu sei. É simples demais, mas não podemos ignorar. Veja bem:
Fred virou a tela do notebook para a parceira exibindo uma lista com os principais nomes de romancistas brasileiros que escreviam literatura po