O aroma de enchiladas já dominava o apartamento; minha mãe realmente caprichou nos temperos dessa vez.
— Bebê, você chegou. — Minha mãe saiu da cozinha e logo abraçou Anthonella, que estava um pouco sem jeito. — Então, essa é a famosa Maria Fernanda?
— Oi, tia. Pode me ‘chama’ de MaFê e não ‘so’ famosa ‘po que’ famoso vai na ‘Diney.’
— MaFê, senhora Emma, me desculpe por isso. Às vezes a minha filha fala mais do que deveria.
Anthonella olhava para Maria Fernanda de maneira severa, mas a menina parecia não se importar. Minha mãe olhava para a menina e para mim, e por fim sorriu.
— Gostei de você, MaFê, e sabe por quê? — Minha mãe perguntou, e a menina negou com a cabeça. — Porque você é das minhas.
— Viu, mamãe. A tia ‘goto’ de mim.
— E gostei mesmo. Venha, querida, não precisa ficar acanhada. Somos pessoas normais. — Minha mãe sorriu, puxando Anthonella para a cozinha.
Maria Fernanda quis ficar comigo, então fiquei na sala brincando com ela até que meu pai pigarreou.
— Está aí há m