Rio de Janeiro, 2023
Senti alguém tocar o meu braço e acordei assustada.
— Desculpe, não queria te acordar. Vamos, finalizei a papelada.
O dia de hoje foi tão puxado que acabei dormindo na poltrona. Jhonathan pegou a minha bolsa e fomos para o seu carro.
— Anthonella, você está bem? — Ele perguntou, com um olhar genuinamente preocupado.
— É muita coisa para processar. Eu só... nunca imaginei que estaria nessa situação. — Respondi, sentindo a tensão em meus ombros.
Eu entendo. — Jhonathan disse, parando no sinal vermelho.
Quando chegamos em minha casa, Maria Fernanda viu Jhonathan e correu em sua direção.
— Tio Jo! – Minha filha abraçou a sua perna e ele a pegou no colo.
— Não vai falar comigo? – Perguntei à minha filha, rindo.
— Eu vejo você todo dia, mamãe.
— E aí, MaFê? Como foi a escola hoje? – Ele usou o apelido dela pela primeira vez.
— Foi legal! A gente ‘fei’ um desenho das mães e tem um desenho ‘pa’ você também. – Ela puxou a mão dele para entrar em nossa casa.
Quando os dois