92. O xeque-mate da rainha e a implosão da impostora
Enquanto a equipe de Luigi Calegari, em São Paulo, preparava uma defesa jurídica e uma contenção de danos corporativa, na quietude da Fazenda Calegari, Jessica montava seu próprio e muito mais letal ataque. Ela compreendia, com uma clareza nascida da dor e da intuição, que lutar contra a narrativa de Diana no mesmo terreno – o do escândalo, o da "amante traída" – seria rebaixar-se ao nível de suas inimigas e apenas alimentar o circo midiático. Sua arma não seria a emoção, mas a verdade. Fria, documentada e irrefutável.
Passou dois dias em um estado de foco absoluto. As conversas com o Sr. Valadares eram frequentes, cada nova informação uma peça no quebra-cabeça que ela montava. O plágio do ensaio, a fundação fantasma registrada em nome de um laranja dos Moretti, o rastro de dinheiro que ligava as contas de Diana a empresas de fachada de Isabella – tudo era meticulosamente documentado, verificado e organizado em um dossiê.
Jessica sabia que não poderia simplesmente jogar aquela informa