Os meses que se seguiram ao nascimento de Lorenzo foram como um rio de águas tranquilas e cristalinas para Luigi e Jessica Calegari. A mansão, antes um reduto de poder e, por vezes, de uma gélida solidão, agora ecoava com os sons doces da infância: o balbuciar de um bebê descobrindo a própria voz, as canções de ninar sussurradas por uma mãe apaixonada, as risadas orgulhosas de um pai que encontrava em seu filho a mais pura e perfeita tradução da felicidade.

Lorenzo crescia a olhos vistos, um bebê robusto e risonho, que já reconhecia os rostos dos pais e os presenteava com sorrisos desdentados que derretiam o coração de Luigi e enchiam os olhos de Jessica de lágrimas de ternura. Os cabelos escuros, antes uma penugem fina, agora formavam cachinhos charmosos, e os olhos, definitivamente azuis como os da mãe, observavam o mundo com uma curiosidade cativante.

Jessica mergulhara na maternidade com a mesma dedicação e paixão com que enfrentara todas as batalhas de sua vida. Cada descoberta d