Collin*
Ela ficou imóvel.
O rosto da irmã estava ali, tão próximo, tão familiar... e ao mesmo tempo, tão distante. A última lembrança que tinha dela era um vulto parado ao lado dos pais, observando-a ser levada sem mover um único músculo.
O olhar de Colen deslizou por ela, de cima a baixo.
E então, ergueu uma sobrancelha.
— Como ainda está viva?
Collin riu, um som seco e sem humor.
— Sorte, talvez.
Colen deu um passo à frente, a expressão suavizando.
— Ah, irmãzinha... Eu sinto muito. Tentamos ir atrás de você, mas...
Estalo.
O tapa ecoou pelo cômodo.
A cabeça de Colen virou com o impacto, e um silêncio mortal caiu entre elas.
A mãe sufocou um grito, levando as mãos à boca, os olhos arregalados em choque.
Colen pressionou a palma contra a bochecha avermelhada, o olhar ferido se transformando em pura indignação.
— Mas o que diabos...?!
— Não venha com suas mentiras para mim, sua vadia.
Os olhos de Colen se arregalaram, mas Collin não parou.
— Eu me lembro. Me lembro de gritar. De implo