O corpo dele estava pesado, quente, e completamente abandonado em seus braços. Alade o arrastava pelo corredor como quem carrega um pecado - e talvez carregasse mesmo. Cada passo ecoava como um açoite em sua consciência, cada segundo esticava a corda da dúvida em sua mente.
O banheiro se abriu com um estalo. Assim que o jogou sobre o chão de mármore frio, o cheiro a atingiu como uma bofetada. Sangue. Suor. Feridas abertas. A podridão de um corpo ferido misturado ao calor de um corpo ainda vivo. A mistura era quase insuportável.
Ela engoliu em seco.
Ligou a água quente, e o vapor começou a subir lentamente, preenchendo o ambiente com uma névoa espessa.
Ela aproximou a esponja do peito dele, e começou a esfregar.
— Merda... Por que estou fazendo isso? — sussurrou. A voz saía fraca, tomada pela raiva e pelo medo do que sentia.
Seus dedos se arrastaram pelo pescoço dele, depois desceram para o peitoral. A pele ali era firme, marcada. Cada músculo sob seus dedos parecia implorar por atençã