O céu estava tingido de um azul profundo quando Valentina e Gabriel se encontraram novamente, desta vez em um local mais reservado, longe dos olhares curiosos da cidade e das ameaças que os cercavam. A pequena cabana à beira do lago, escondida entre as árvores, parecia um refúgio seguro, um lugar onde poderiam se afastar, pelo menos por algumas horas, de tudo o que os atormentava.

Gabriel preparou uma pequena fogueira, e o crepitar das chamas preencheu o silêncio confortável entre eles. Valentina observava as faíscas subirem ao céu, sentindo uma tranquilidade rara. Era como se, por um breve momento, o mundo tivesse desacelerado, permitindo que ela respirasse sem o peso constante da perseguição e do mistério.

“Você está bem?” Gabriel quebrou o silêncio, seus olhos fixos nela com uma mistura de preocupação e carinho.

Valentina sorriu levemente, mas havia um cansaço em seus olhos. “Estou... tentando. Tudo isso... às vezes parece demais.”

Ele se aproximou, sentando-se ao lado dela. “Você