Desci para almoçar. Tio Fernando e Be já estavam sentados à mesa e tia Odete entrava na sala de jantar carregando uma travessa com salada.
— Sente-se, querida — ela disse puxando uma cadeira para mim, e sentou-se ao lado do tio Fernando.
Enchi um prato e reparei que eles me observavam de rabo de olho. O prato deles era um terço do meu. Que se dane. Eu estava com fome. Com muita fome. Então dei um sorrisinho e coloquei mais purê. Tia Odete sorriu de volta e disse:
— Depois do almoço vou ajudar a arrumar suas coisas e mais tarde vamos ao culto.
Engasguei e quase cuspi o purê na cara do meu primo que estava sentado em frente a mim. Culto? Ela só podia estar brincando.
— Tia, eu não vou a culto nenhum. Eu nem vou à igreja apesar de ser católica. Tô fora.
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