Na manhã seguinte, o sol entrou sem cerimônia pela janela do quarto de Elisa. Ela se espreguiçou lentamente, o corpo ainda sentindo o conforto da noite anterior. Rafael dormia ao lado, com uma expressão de paz tão rara que ela teve vontade de fotografá-lo.
Mas o relógio não perdoava: era hora de começar a loucura dos preparativos. Levantou devagar, para não acordá-lo, e foi direto para a cozinha.
Dona Sônia já estava de avental, preparando o café da manhã. Leo, empoleirado na cadeira, pintava um desenho de “papai, mamãe e eu”, com rabiscos coloridos e um sorriso no rosto.
— Olha, mamãe! A gente tá num castelo! — Leo exclamou, mostrando o desenho.
— Que lindo, meu amor! — ela respondeu, com o coração derretido.
Rafael apareceu logo depois, com o cabelo bagunçado e um ar sonolento.
— Bom dia — disse, rouco, beijando o topo da cabeça de Elisa.
— Dormiu bem? — ela perguntou, entregando-lhe uma xícara de café.
— Com você do meu lado? Melhor impossível.
Dona Sônia sorriu por trás da caneca,