Os garotos apontaram as flechas para Milo no instante em que ele afirmou saber a identidade de Keenan. Sinan, que ainda mantinha a espada contra a cabeça do rapaz, o agarrou pelo colarinho da beca e o ergueu do chão como se ele não pesasse nada.
Ninguém de fora do esconderijo jamais descobrira quem era Keenan. Isso era impossível.
— Quem lhe disse isso, rapaz? — Sinan rosnou, o tom carregado de ameaça.
Milo arregalou os olhos e segurou nos braços dele, os pés balançando no ar como se tentasse correr sem sair do lugar.
— Espera! Eu sou vidente! É por isso que sei!
— Vidente? — Sinan repetiu, os olhos semicerrados.
— Sim! Por favor, eu posso explicar tudo. Só não me machuque! — suplicou o jovem ex-monge, claramente assustado.
Sinan encarou os olhos escuros de Milo, procurando qualquer sinal de mentira. Ao invés disso, viu algo familiar: um brilho estranho, algo que só as pessoas que já perderam alguém carregavam.
Ele soltou Milo, que caiu de pé na neve com um suspiro de alívio.
— Como p