Sinan balançou a cabeça enquanto encarava a última casa no alto da árvore. Reprimiu o desejo de arremessar uma pedra. Aquele idiota não sairia de lá nunca mais? A lembrança da última conversa entre eles surgiu nítida, como uma ferida aberta.
Era logo após Keenan ter anunciado a toda aldeia que não vestiria mais o manto do rei dos ladrões.
— Que história é essa de deixar de ser o rei dos ladrões? — Sinan irrompeu pela sala de reuniões, a irritação evidente em sua voz.
— Não é história, é realidade. Só piorei as coisas — respondeu Keenan, sem olhar para ele. Pegou seu arco e flecha e o estendeu para o primo. — É seu agora.
— Eu não quero isso. Tenho o meu próprio arco, você sabe disso.
— Então vou queimá-lo.
— Keenan! Que droga é essa? Dá para parar com isso? — Sinan explodiu, o tom cortando o ar. — Nada disso foi culpa sua!
— Ah, não? — A voz de Keenan ecoou pela sala, carregada de dor. — Não é isso que minha cabeça me diz. Eu condenei Luca à morte... Eu mesmo tive que matá-lo!
Sinan o