— Certo, podemos ir — disse Edward, a contragosto.
Ao chegarem ao castelo, foram levados ao grande salão, onde o rei Esteban os esperava sentado em seu trono. Sua postura relaxada e o sorriso jocoso nos lábios indicavam que ele estava de bom humor. Keenan, no entanto, não deixou de notar o olhar cúmplice trocado entre o rei e o duque. Aquilo não passou despercebido.
— Ed! Que cara é essa, meu velho? — perguntou o monarca, rindo. — Tenha ânimo, afinal, ainda está vivo, não está?
Edward manteve a expressão fechada.
— Eu não sou mais o xerife?
— Não — respondeu o rei com frieza, embora seu sorriso não desaparecesse. — Seus atos ultimamente não têm me impressionado. Cheguei a pensar que talvez você não estivesse tão empenhado em capturar o famoso rei dos ladrões.
— Majestade, eu jamais faria tal coisa! — protestou Edward, a voz carregada de indignação.
— Ah, se acalme, Edward — replicou Esteban, fazendo um gesto desdenhoso. — Eu sei que não apoia o homem. Afinal, sabemos o que aconteceria