"Ravenna"
— E se eu não der?
— Eu vou assim mesmo. Nada escondido, mas triste. Preciso ver com meus olhos, me livrar disso. Não estou em paz.
Nervoso, ele se afastou e foi beber mais um copo de tuicã. Culpada, mexi nas tranças longas, sem suportar que me visse com outros olhos. Sempre fui um orgulho para ele, a filha que o acompanhava em tudo, que conhecia o trabalho nas minas pelo avesso. Era terrível enfrentá-lo, mesmo que fosse daquele jeito, por minha opinião.
— Pai...
— Eu sou contra. Não terei um segundo de tranquilidade — disse baixo.
— Se eu sentir que corro qualquer risco, volto para cá. Temos uma ligação intensa, saberá caso isso ocorra.
— Posso não chegar a tempo.
— Sempre me ensinou a me defender. Confie em mim.
— Eu não