NARRADORALyra se levantou ajeitando a roupa e olhando com aqueles olhões confusos.Ela segurou a vontade de rir na cara dele.Seu pé descalço se esticou, os dedos deslizando pelo membro exposto do seu macho, acariciando de cima a baixo e fazendo-o vibrar.—Se continuar se comportando assim tão bem, talvez eu te dê mais presentes quando chegarmos naquela matilha —ela sorriu com charme, resistindo aos próprios desejos.Drakkar engoliu seco, observando as costas dela se afastando para acender o fogo; o cheiro do sexo molhado dela o deixava cheio de luxúria e algo mais selvagem.Tocou o peito, onde o laço com seu lobo se contorcia, soltando nós e amarras.Só de pensar em ter que se separar dela, afundava mais e mais em medos e ideias loucas de mantê-la ao seu lado, de enganá-la pra não levá-la de volta pra casa.Levantou-se e foi apressado até o rio; precisava clarear a mente e, de quebra, dar um jeito na ereção monumental que carregava.*****Com os dois grupos unidos, o caminho até a m
NARRADORALyra e Drakkar caminharam entre as barraquinhas improvisadas no chão.Mesmo não sendo a área central, o lugar estava animado. Os lobos barganhavam e trocavam suas mercadorias.Ela não sabia se existia moeda por ali, mas ainda não tinha visto nenhuma.—Ei! —chamou a mulher que se retirava para a área de descanso.A fêmea se virou para ver o macho intimidador seguindo uma linda e delicada mulher de cabelos platinados.—Queria alguma coisa? —perguntou confusa, olhando para a bela pele de Fyra em tons avermelhados que Lyra usava.—Quanto você quer pelos potes de barro? —Lyra foi direto ao ponto.A mulher pensou, olhando para o seu macho ao lado. Achavam que a cerâmica valia muito, mas pelo visto, não era o caso.—O que vocês têm? —perguntou, sem prestar muita atenção, só viu uma bolsa nas mãos de Drakkar.Lyra explicou que tinham trazido um escudo pesado de Brontocérax, carne e algumas plantas medicinais.—Desculpa, mas não quero nada disso.—Você gostou da minha roupa? —Lyra pe
NARRADORA—Você não devia… ter se metido na briga assim… ggrr —Verak se sentou na grama com as costas encostadas no tronco da árvore.A mão no lado do corpo, o rosto contorcido numa careta de dor.—Se eu não fizesse isso, você podia acabar morto —Nana respondeu abrindo a camisa dele para examiná-lo.Por mais que o orgulho doesse e ele quisesse descontar nela, Verak teve que admitir que Nana tinha salvado sua vida.Algo pontudo estava prestes a perfurar seu coração, e ele suspeitava que era a ponta de uma costela quebrada.—Vou te dar meu sangue pra curar —sussurrou Nana, se inclinando entre as pernas abertas dele, pronta pra cumprir seu papel de companheira de Verak.Sua garra ia direto para abrir o pulso, mas mesmo naquele momento crítico, as imagens de Lyra seduzindo Drakkar passaram pela mente.Nana decidiu que era hora de ser mais sedutora.Abaixou o top, deixando os seios macios à mostra.Não era um escândalo — muitas fêmeas mais ousadas andavam assim — mas ela, como filha da cur
NARRADORANerón não conseguia parar de pensar nela—o cheiro dela tinha enlouquecido seu lobo. Disse que ela estava entrando no cio.Ela tinha que ser dele. Se aquele idiota não quisesse vendê-la por bem, ia ser por mal.—Senhor, o guerreiro já chegou, mas a acompanhante dele...—Leve-a para meu espaço privado e guarde a porta. Ninguém tem permissão para entrar e ela não pode sair.O brutamontes assentiu e saiu para avisar Verak que podia entrar.Custou arrancá-lo da cola que Nana virou, já nem sabia o que fazia, ardendo em um calor excitante.Quando Verak entrou no cômodo mais luxuoso que já tinha visto na vida, olhou para Nerón com respeito.—Foi o senhor que me chamou?—Vou direto ao ponto, não gosto de rodeios —os olhos claros do futuro Alfa o encararam com desdém.O cheiro daquela fêmea no corpo dele deixava seu lobo furioso.—Quanto você quer por essa mulher que veio com você? —Verak ficou chocado com a pergunta.—Veio atrás do sal, né? Eu te dou cinco sacos grandes por ela—valem
NARRADORAEnquanto isso, na zona central da matilha…Os membros do Vale Fértil iam acabar com dor no pescoço de tanto olhar pros lados.Os olhos e a boca da fêmea de Lorenzo doíam de tão arregalados que estavam.Aqui as barracas eram casinhas de madeira, nada de produtos jogados no chão.Lyra observava as mercadorias e percebeu que a matilha onde tinha caído era das mais primitivas.Ainda assim, ali encontrou o melhor de tudo: seu companheiro sexy e gostoso.Deixaram eles ficarem numa tenda coletiva atrás da barraquinha que lhes foi dada.—Me procurem depois, que eu levo vocês pra cabana privada —disse o organizador, um Ômega, para Lyra e Drakkar, que assentiram.Lyra se virou para o povo, achando que estariam super felizes.Mas, na verdade, estavam com cara de quem engoliu pedra.—O que houve?—É que…—Lyra, não pense que não agradecemos, isso é incrível! —disse uma das fêmeas mais responsáveis —, mas... a verdade é que não temos nada pra vender aqui.Quem ia querer as peles mal cura
DRAKKARMinha cabeça gira. Tento me sentar, mas puxo meus braços e eles parecem amarrados acima da cabeça.— Shhh, você não tem permissão pra se soltar...Meus olhos se abrem turvos pra ver aquele rosto lindo. O dedo dela acaricia minha boca, fico fascinado, completamente rendido às ordens dela.Sinto o peso do corpo macio sobre o meu, o calor me consome e Lyra de repente sai da minha visão.Me arrepio e grunho quando as garras de loba passam pelo meu peito e abdômen, o hálito quente dela me enlouquecendo.— Mmnnn — gemei rouco quando a mão dela pega meu pau e começa a me masturbar, pra cima e pra baixo.Todo meu corpo se tensa, o teto gira e eu me afogo no desejo de possuí-la.— Lyra… sshhh — levanto a pélvis ao sentir a língua molhada lambendo ao redor do meu pau ereto, ela resmunga e geme sobre a cabeça do cogumelo.Me enfio entre os lábios dela e empurro pra cima.A saliva escorre até meus testículos, a garganta apertada dela vibra, o cheiro me enlouquece do mesmo jeito que a boca
DRAKKARA aperto com força contra meu corpo enquanto meu sêmen a enche, lutando desesperadamente contra esse “ser” que quer sair e dominá-la.O sangue de Lyra acalma e controla isso, me ajuda com a dor.No meio da escuridão, só se ouvem nossos gemidos, o som molhado dos beijos que trocamos, acalmando nossas respirações.Minha cabeça ainda gira, adoro esse negócio de encostar as bocas, é tão íntimo, e agora quero fazer isso sempre com ela.—Drakkar, você é meu, lobinho —sussurra com nossas testas coladas.Viro de lado pra não esmagá-la com meu peso e a puxo pro meu peito, segurando a cabeça dela contra meu coração descompassado.Não sei falar palavras tão lindas quanto ela, sou só um brutamonte atrasado, mas espero que ela consiga ouvir os sentimentos da minha alma.—Sou seu, Lyra, desde o começo… sempre fui seu —respondo baixinho, curtindo o arrepio nas costas dela.—Drakkar —ela se levanta com uma mão apoiada no meu peito.—Não sei se você vai lembrar depois dessas palavras, mas vou
NARRADORANa ausência de Verak, que não tinha aparecido durante toda a noite, as mulheres sairiam com Lyra escoltadas por um grupo de machos, enquanto o restante iria caçar para comer e vender.Drakkar estava relutante em se separar de sua fêmea, mas foi colocado como chefe do grupo de caça, e Lyra o convenceu de que ficaria bem.Saindo da matilha, Omar, o lobo experiente, olhou na direção da zona de combate.Como será que Verak se saiu? Será que morreu?Temia revelar que a ideia tinha sido dele — vai que o Alfa o culpasse pela morte de Verak.Além disso, havia outra missão em sua agenda.Seus olhos gentis de repente se tornaram afiados, olhando para as costas de Drakkar.A curandeira lhe disse que havia uma forma de curar as pernas doentes de seu filhote — mas só se Drakkar não voltasse.Eles se embrenharam na selva selvagem e Omar estava prestes a causar o caos.*****Enquanto isso, Verak tinha dormido feito um anjo a noite toda numa cabana de guerreiros, bem mais confortável do que