126. NÃO SOU UM NOBRE CAVALEIRO
GABRIELLE
Acordei de repente, tensa.
Não era a feiticeira curandeira, eu sabia muito bem de quem se tratava.
— Calma, não faça movimentos bruscos. Estou apenas limpando a pele saudável, como a curandeira indicou — sua voz baixa e suave se derramou em meus ouvidos.
Eu podia imaginá-lo inclinado sobre meu corpo, seu cabelo loiro caindo até os ombros e seus olhos dourados concentrados.
O vi por pouco tempo quando expandi meus sentidos ao renascer.
Ele é lindo e masculino, tão atraente, poderia facilmente encontrar uma fêmea da sua raça.
Eu não sou para ele, muito menos agora, com o que me tornei.
— Você não precisa fazer isso. Há outras pessoas que podem…
— Claro que preciso fazer isso. Ninguém mais pode cuidar de você melhor do que eu — respondeu, e me lembrei de sua voz me dando força em meio ao caos e à dor.
— Não — levantei a mão, tentando segurar seu pulso. Me enchia de raiva não poder ver nada, nem sequer ter o poder de “enxergar” o ambiente com a mente.
Nunca imaginei me ver assim