Estilhaços afiados acertaram as costas do homem, deixando cortes profundos que começaram a sangrar na hora.
Mas ele nem se mexeu. Apenas soltou um gemido abafado, entre os dentes, e disse com a voz baixa:
— Aqui está perigoso. Vem comigo.
Lívia foi arrastada de volta à tenda pelo homem, quase sem ter tempo de reagir.
Só então reparou que ele estava coberto de sangue.
Os estilhaços tinham aberto feridas tão profundas que era possível ver o osso em alguns pontos.
Ela o empurrou com firmeza para a cadeira:
— Não se mexe. Eu vou cuidar dos seus ferimentos.
O homem não resistiu.
Lívia pegou a tesoura e, com todo o cuidado do mundo, cortou a camisa dele.
Com uma pinça, começou a retirar cada pedaço de metal cravado na carne, concentrada ao máximo em cada movimento.
Quando terminou o curativo, foi que notou a máscara preta e estranha no rosto dele.
— O seu rosto...
— Foi queimado. Não quero assustar ninguém.
Lívia mordeu os lábios, hesitante.
Ia agradecer pela ajuda de antes, mas Valentina su