Capítulo Dezessete

Descer ou ficar? Eu me perguntava olhando os degraus da escada. A vontade que eu tinha era de deixar meu corpo fraco rolar por ela abaixo, para ver se de fato eu morria de uma vez por todas. Respirei fundo e lentamente, comecei a descer, me segurando para não perder o equilíbrio.

A casa estava quieta e cheirosa. Não havia sinal algum do Gustavo ainda. Entrei no quarto dele e não o vi. O porão estava fechado, então tirei da lista, já que quando ele ficava lá em baixo sozinho, deixava tudo aberto.

Me restou apenas a cozinha. Adentrei na mesma e lá estava ele, sentado diante do bolo que quase destruiu todo. Ele segurava uma colher e comia aos poucos. Quando Gustavo me viu, ficou surpreso, deslizou a cadeira para trás e levantou-se. Ele pegou o bolo e parecia deslocado.

– Está um pouco derretido, mas você quer um pedaço? – Ele perguntou sem jeito. – Ou um ming

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