183. OS PAIS DE BRAYAN

Vejo-a ir embora e depois olho para o retrato das duas meninas ruivas na minha mesa de cabeceira. Pego-o, coloco na caixa e sigo em direção ao hospital. Paro em uma loja de brinquedos para comprar presentes para meus filhos. Vi como está desgastado um ursinho que minha filha abraça; peço um igual e várias outras coisas. Sinto-me feliz.

Chego quase correndo e os olhos se umedecem quando, ao chegar ao quarto, vejo-os sentados em uma cama brincando entre si. Ao sentir a porta, eles se viram e me olham. Avanço com as sacolas nas mãos.

— Crianças —começa a falar Gelsy, que se aproxima de mim e me toma pela mão, puxando-me—. Este é o seu papai, já voltou.

Olho para eles. Apesar de estarem muito limpos e arrumados, os estragos da doença são visíveis. Fico emocionado quando ambos se levantam na cama e estendem os braços para mim, enquanto me dizem:

— Bem-vindo, papai.

E me abraçam com todas as suas forças, enquanto Gelsy chora emocionada. Uma voz atrás de mim que reconheço muito bem
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