As palavras de Octávio caíram sobre mim como um balde de água fria, rachando qualquer vestígio de confiança que ainda me mantinha em pé. Tentei processar o que ele acabara de me dizer, mas minha mente se mergulhava em um turbilhão de perguntas sem resposta e de fúria contida que lutava para sair.  

—Ha! Deixe-me rir, Octávio! —disse furiosa ao ouvi-lo dizer isso—. Quando os visitamos na Austrália, eles viviam em um trailer de má qualidade, em uma fazenda no meio do nada. Você vai me fazer acreditar que eles são ricos?  

Octávio suspirou com exasperação, como se tivesse que me explicar algo simples a uma menina teimosa incapaz de entender por si mesma.  

—Pois são, Edna, são! Acredite em mim! —assegurou com uma firmeza que me fez calar e ouvir o que ele tentava me explicar—. Agora deixe-me explic