Fazia poucos minutos que eu tinha acordado no banco de trás do Jeep, minha cabeça deitada numa jaqueta, apoiada na porta. Chris remexia no porta-malas há algum tempo, até que se sentou ao meu lado no banco. Contorci o rosto numa careta de dor, sentindo minha pele se repuxar com o sangue seco.
— Está muito ruim? — questionei.
— Está fundo, vai precisar de pontos — respondeu, pressionando um pano com um remédio ardido na minha testa, por onde o sangue tinha escorrido. — Como foi parar naquele lugar?
Desviei o olhar dele, negando-me a admitir qualquer coisa. Ele me encarou carrancudo, como se me desafiasse a responder.
— Não lembro — respondi.