Julie
O Quarto do Pânico estava desocupado de qualquer móvel. Luzes brancas iluminavam o local, presas às paredes. De repente, senti uma pontada no abdômen. Ao erguer o olhar outra vez, uma cadeira aparecera no meio da sala sem explicação.
Passaram-se horas desde que me prenderam e a cada seguno sentia a dor abdominal horrível. Minha garganta raspava, de tanto gritar. Tentei me controlar no começo, mas comecei a pensar que nenhum deles merecia ser poupado de saber o que estavam me fazendo passar.
Caroline veio me ver algumas vezes. Gritei com ela também. Rufus apareceu para perguntar como eu estava. Henry sentou do lado de fora da porta e cantarolou baixinho a música que cantei na boate quando chegamos. Foi quando percebi que estava alucinando. Em dado momento, alguém abriu a pequena janela da porta.
— Trouxe isso pra você — Chris disse, passando um prato pela portinha inferior, como fazem com os presidiários.
Peguei o prato, ouvindo o ronronar do meu estômago diante do amontoado fum