Luísa
Talvez eu estivesse usando o sexo para esquecer os problemas.
Mas eu precisava daquilo.
Precisava senti-lo. Precisava do seu toque, do seu beijo. Precisava dele dentro de mim, me dizendo — mesmo que sem palavras — que ainda me amava, que ainda éramos nós. Precisava da maneira como ele me olhava quando estava entregue, da forma como seu corpo me procurava com sede e cuidado. Precisava sentir seu desejo por mim, sua presença, sua atenção. A mordida leve em minha pele...
E, por um momento, realmente esteve.
Estivemos ali, juntos, inteiros, sem problemas. Só o calor, o toque, a pele, a saudade.
Fiquei deitada em seu peito, sentindo o calor de sua pele, o ritmo compassado da sua respiração. Meus dedos desenhavam linhas invisíveis em sua barriga, sem pressa, sem intenção. Só pelo contato.
— Obrigada — murmurei, baixinho.
Ele não disse nada. Apenas beijou minha cabeça.
[...]
Um mês se passou. Leonardo me entregou relatórios detalhados sobre a situação da empresa. As perspectivas eram