A madrugada avançava, e Enry continuava sentado ao lado de Danika, imerso em pensamentos turbulentos. A presença dela, mesmo desacordada, era uma âncora que ele mal conseguia admitir precisar. O toque leve de seus dedos sobre a pele dela ainda ressoava em suas mãos como uma corrente de energia, mas ele não sabia como transformar esse sentimento em algo positivo. Havia anos de ódio e preconceito contra humanos que ele teria que superar, e sua alma parecia rasgada entre aceitar Danika ou se afundar na escuridão de seu orgulho.
Lentamente, Danika começou a se mexer, sua respiração alterando o ritmo enquanto voltava à consciência. Enry percebeu e se inclinou ligeiramente, observando cada movimento sutil que ela fazia. Quando finalmente abriu os olhos, um gemido baixo de dor escapou de seus lábios.
— Danika — a voz de Enry saiu mais suave do que ele pretendia, mas havia uma urgência nela que ele não conseguia esconder.
Danika piscou algumas vezes, os olhos turquesa focando vagarosamente no