— Por que eu não estou conseguindo? Eu não sou assim... — Anne bateu com a mão na própria cabeça, sem conseguir entender a dificuldade para se concentrar.
Mesmo que estivesse difícil, ela precisava despachar os documentos. Aquela empresa era o legado de Nigel, o fruto do trabalho, do sangue, do suor e das lágrimas de seu pai.
A jovem ainda travava a batalha pessoal quando a porta do escritório foi aberta, sem que batessem, pedindo permissão para entrar. Por isso, Anne pensou, de imediato, que fosse Anthony novamente. Entretanto, quando olhou para cima, viu Bianca, com a expressão arrogante costumeira.
A pianista usava um par de óculos escuros e uma máscara facial. Afinal, a cicatriz no rosto não se recuperaria tão rápido.
— Parece que você ainda está aqui. Achei que a esta altura você teria morrido nas mãos de Anthony. Que vida resiliente. Não é bom ser tão apegada, você pode trazer infortúnio para outras pessoas. —
Bianca mantinha a mesma expressão sarcástica desde o momento em q