Anne já estava muito familiarizada com a chegada de Anthony e com os sons de seu carro, o Rolls-Royce. Àquela altura, poderia reconhecer até os passos do homem no corredor, e por isso sabia que não era o magnata. Quem apareceu foi Tommy.
— O que você tem feito de si, hein? — Tommy sentou-se no sofá e olhou para Anne. — Você está muito mais magra agora. Greve de fome? — Mesmo que Anne não tivesse contado nada, tinha certeza de que Tommy já sabia da morte de sua mãe. — Cuide da sua saúde. A madame Vallois era quem mais se preocupava com você. — O homem concluiu.
Anne olhou para baixo, tentando esconder a dor nos olhos. Tommy, comovido, olhou para o rosto pálido da mulher e declarou:
— A prioridade é descobrir o assassino agora. Você tem algum suspeito? —
Anne esfregou o cabelo bagunçado.
— Desconfio de Bianca, mas, se as mortes estão relacionadas, não acho tão possível. Ela é filha dele... —
— Tem certeza? —
Anne ficou atordoada e olhou para cima, confusa com o tom de Tommy.