A cena do vídeo a abalou. Um caminhão bateu no carro preto do vídeo, os vidros estilhaçaram e o carro foi lançado voando, rolando pelas ruas algumas vezes antes de parar. Por fim, o veículo ficou muito deformado e não dava para ver a pessoa que o dirigia, mas a jovem reconheceu a placa. Anthony interrompeu o vídeo e pegou o telefone, antes de olhar para Anne com seus olhos escuros e taciturnos. A moça prendeu a respiração e empalideceu.
— Meu pai estava dentro do carro? Ele está bem? —
— Ele foi levado às pressas para o hospital. Estão operando ele agora. —
Saindo do choque inicial, Anne agarrou o braço dele, antes de dizer com uma voz trêmula:
— Vou voltar... me leve de volta! —
O psicopata ergueu o braço e acariciou a bochecha da jovem, possessivo.
— Se acalme. O senhor Faye ficará bem e eu vou aceitar você de volta. —
— Eu vou voltar! Não é isso que quer? — Ela não queria pensar naquela possessividade distorcida em sua voz, porque daria um jeito de se adaptar aos capri