Chegou um momento em que parecia que o tempo para lidar com a ferida era muito longo e até o ar estava estranho. Para aliviar o constrangimento, Anne disse:
― Anthony concordou em me deixar sair de Luton. ―
A mão que segurava o cotonete congelou, mas rapidamente continuou a enxugar a ferida.
― E você ainda quer partir? ―
― Sim. Não seria saudável para as crianças crescerem aqui. Ele vai descobrir... ― Anne olhou para baixo e respondeu.
Na verdade, Anne não ficaria em Luton mesmo que não tivesse os trigêmeos. No máximo, ela iria para o exterior, pois as chances de se esbarrarem eram menores, se eles estivessem em cidades diferentes.
― Você vai para o exterior? ― Lucas perguntou.
― Sim... ― Anne respondeu.
Lucas não disse mais nada, parando abruptamente, como se estivesse reservando sua própria opinião. Então, ele abriu um curativo adesivo, colou-o no ferimento de Anne e a lembrou:
― Certifique-se de não molhar por uns dois dias. ―
― Está bem. ― Anne abaixou a man