Aléssio Romano,
Assim que o carro estacionou na frente da mansão, saí rapidamente, minha mente focada em uma única coisa: tomar um banho e tentar relaxar. O peso do dia estava sobre meus ombros, e eu precisava de um momento para organizar meus pensamentos. Caminhei direto em direção ao meu quarto, determinado a me livrar daquele cansaço que parecia me consumir. Mas, enquanto passava pelo corredor, algo me fez parar. Um som de choro.
O som vinha do quarto de Bianca. Ele me paralisou por um instante, antes que eu percebesse o que estava acontecendo. Algo dentro de mim reconheceu a dor naquele choro. Não era o choro de alguém com raiva ou aborrecida. Era profundo, quase desesperado. Imediatamente, o cansaço que me dominava desapareceu, substituído por uma preocupação súbita. Fui até o quarto dela, meus passos rápidos, mas silenciosos.
Quando entrei, Bianca estava deitada na cama, se debatendo, como se estivesse lutando contra algo invisível. Seus murmúrios eram quase incompreensíveis, ma