NARRAÇÃO DE STEFAN...

Enfrentar meu pai é como enfrentar o meu próprio passado — feridas que nunca foram capazes de cicatrizar.

E lá estava ele, imponente diante de mim, com as mãos nos bolsos e o olhar impetuoso, pronto para a acusação, pronto para descontar todas as suas raivas sobre as minhas costas.

Ao menos eu estava sozinho do lado de fora. Ninguém presenciaria.

— Você sempre dificulta as coisas, Stefan. Por que você não é como seu irmão...? — Fechei os olhos e respirei fundo.

— Porque eu não sou ele. — Fixei meu olhar no dele. — Eu posso ter errado, mas tenho me esforçado para melhorar. Você nunca está aqui pra ver isso.

— Melhorar...? — Meu pai riu, cético. — Eu tenho uma enorme lista de coisas que você aprontou este ano! Melhorar?!

Parou na delegacia mais de dez vezes, se envolveu em brigas de bar, prostitutas, drogas, bebedeiras… e, pra finalizar, conseguiu fazer seu irmão parar no hospital!

Sinceramente, Stefan, estou a um passo de te internar à força! Ao menos preso em uma