BRUNO
A vontade era quebrar a cara do tal Roberto, mas nesse momento, posso fazer ele sofrer de outras maneiras.
Como esperado, Olavo, parece ter acordado para a vida.
Lembro quando cheguei aqui, desconfiava de todos, mas de Olavo desconfiava mais, ele nunca me enganou, com aquele charme forçado, romantismo fora da conta, muito amor em público, nada no particular.
No final se revelou, mas da forma errada, tentando aceitação do que ele acreditava ser o seu grande amor.
Na delegacia, Olavo pediu para conversar.
Seguimos para uma sala, onde ele já aguardava, mudado.
Usava uma roupa da delegacia, cabelos raspados, sem nem um pircen, sem maquiagem, até a voz está diferente, ou melhor, normal, nada forçado.
— Oi, pai, mãe, Ingrid, Bruno, prazer em conhecer você Mara. Você é linda, muito diferente do que me descreveram. Uma vida será pouco para pedir desculpas.
— Você chamou a gente aqui, porque quer um acordo. — Bruno falou com pose de advogado.
Tirou foi uma gargalhada de Olavo.
— Bruno, v